Para atender à demanda de consumidores de compactos que não se importam em pagar (bem) mais caro por adereços que conferem aos carros uma pegada aventureira com um toque de esportividade, a Volkswagen lançou em maio a quarta “encarnação” do Gol Rallye. O modelo mantém a roupagem fora-de-estrada -- identificada pelas molduras nas caixas de rodas, para-choques com desenho próprio, adesivos na carroceria e suspensão elevada -- mas passa a oferecer a transmissão automatizada I-Motion de cinco marchas como principal novidade. De acordo com a montadora alemã, a versão Rallye representará apenas 13% do volume de vendas do Gol com motorização 1.6.
Partindo de R$ 48.800, a versão mais cara da gama Gol traz, além do desenho atualizado e alinhado com atual identidade visual da fabricante, suspensão elevada em 2,3 centímetros e equipamentos como direção com assistência hidráulica e regulagem de altura, airbags frontais, freios com sistema anti-travamento (ABS), ar-condicionado, sensor de estacionamento traseiro, chave canivete, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico e pedaleiras esportivas. Se acrescentar lanternas de neblina, rodas de liga leve de 16 polegadas, volante multifuncional com comandos do sistema de som e do computador de bordo e borboletas para as trocas de marchas, como no carro avaliado, o preço sobe para salgados R$ 50.271. Ao contrário do Gol Rallye anterior, o compacto deixou de lado os pneus de uso misto para calçar “pisantes” convencionais.
Partindo de R$ 48.800, a versão mais cara da gama Gol traz, além do desenho atualizado e alinhado com atual identidade visual da fabricante, suspensão elevada em 2,3 centímetros e equipamentos como direção com assistência hidráulica e regulagem de altura, airbags frontais, freios com sistema anti-travamento (ABS), ar-condicionado, sensor de estacionamento traseiro, chave canivete, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico e pedaleiras esportivas. Se acrescentar lanternas de neblina, rodas de liga leve de 16 polegadas, volante multifuncional com comandos do sistema de som e do computador de bordo e borboletas para as trocas de marchas, como no carro avaliado, o preço sobe para salgados R$ 50.271. Ao contrário do Gol Rallye anterior, o compacto deixou de lado os pneus de uso misto para calçar “pisantes” convencionais.
O motor é o já conhecido bloco de 1.6 litro de 8 válvulas, que entrega 101/104 cavalos de potência e 15,4/15,6 kgfm de torque (gasolina/etanol) a 2.500 rpm. A Volkswagen diz que o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos quando abastecido com gasolina e em 10,9 s com etanol no tanque, atingindo as velocidades máximas de 179 e 181 km/h, respectivamente. De acordo com o teste Carsale -Mauá, realizado em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), a aceleração é cumprida em 13,38 s com o derivado de petróleo e em 12,12 s com o combustível vegetal.
Apesar do preço, continua sendo um Gol
Assim como as demais versões da gama, o Gol Rallye I-Motion ostenta uma cabine repleta de plástico duro, porém de boa qualidade. O acabamento pode ser considerado correto para a categoria, mas é fraco para um carro que pode custar mais de R$ 50 mil. O assento traseiro acomoda bem duas pessoas se os bancos dianteiros não estiverem muito recuados -- há um terceiro encosto de cabeça caso precise levar um passageiro no meio. O porta-malas tem capacidade para 285 litros de bagagem.
Ao volante, o Gol Rallye I-Motion se comporta como os outros Gols 1.6, mas leva vantagem no trânsito urbano por sentir menos a buraqueira do castigado asfalto das grandes cidades por conta da suspensão elevada, que mostra competência em curvas graças ao uso de amortecedores e molas mais firmes. Apesar de ter mantido a boa dirigibilidade dos compactos da Volkswagen, o modelo leva desvantagem no quesito “prazer ao volante” pelo fato de a transmissão automatizada realizar trocas com trancos e ser um tanto confusa nas acelerações e retomadas de velocidade. Em uma ultrapassagem, por exemplo, o sistema se mostra um pouco lento ao identificar a necessidade de uma redução de marcha.
Em estradas de terra batida, a suspensão um pouco mais alta cumpre bem a sua função de absorver os impactos causados por cascalho e pequenas valetas, mantendo o carro “na mão do motorista”. Nos trechos com pouca lama, onde o piso fica mais escorregadio, a ausência dos pneus de uso misto pode ser sentida quando o hatch mostrou uma leve tendência a escorregar a dianteira. Comportamento normal para um carro de vocação urbana e cuja aptidão off-road fica limitada ao visual.
Abastecida com etanol, a unidade avaliada pelo Carsale registrou um consumo médio de 6 km/l rodando na cidade. Com gasolina no tanque, a marca subiu para 10 km/l. De acordo com as medições do IMT, o modelo rodou 7,4 km/l com o derivado de cana-de-açúcar e 10,2 km/l com o combustível fóssil.
Roupagem cara demais
O visual de aventureiro urbano do Gol Rallye I-Motion realmente se destaca entre os demais carros de sua categoria, mas o que a Volkswagen cobra por essa roupagem permite ao comprador comprar concorrentes mais modernos e equipados ou até mesmo subir alguns degraus e optar por veículos de categorias superiores. Para se ter uma ideia, novidades como o Ford New Fiesta e o Peugeot 208 têm preços iniciais abaixo de R$ 40 mil (R$ 38.990 e R$ 39.990, respectivamente) e entregam, além de projetos globais e mais modernos, pacotes de equipamentos mais vantajosos. Se a intenção é desfilar por aí a bordo de um carro de estilo diferenciado, com o valor do mais caro dos Gols (a partir de R$ 48.800) é possível comprar um Fiat Punto Sporting (R$ 47.900) com motor de 1.8 litro de 132 cv (etanol).
O compacto manteve a boa qualidade de construção da marca alemã e transmite ao motorista a robustez que consagrou o Gol ao longo de mais de três décadas. No entanto, pagar quase R$ 50 mil por um carro originalmente popular, definitivamente, não é a melhor decisão ao analisar um mercado que disponibiliza opções mais competitivas. No final das contas, mesmo com a roupa nova, o Gol Rallye continua sendo “apenas” um Gol.
O visual de aventureiro urbano do Gol Rallye I-Motion realmente se destaca entre os demais carros de sua categoria, mas o que a Volkswagen cobra por essa roupagem permite ao comprador comprar concorrentes mais modernos e equipados ou até mesmo subir alguns degraus e optar por veículos de categorias superiores. Para se ter uma ideia, novidades como o Ford New Fiesta e o Peugeot 208 têm preços iniciais abaixo de R$ 40 mil (R$ 38.990 e R$ 39.990, respectivamente) e entregam, além de projetos globais e mais modernos, pacotes de equipamentos mais vantajosos. Se a intenção é desfilar por aí a bordo de um carro de estilo diferenciado, com o valor do mais caro dos Gols (a partir de R$ 48.800) é possível comprar um Fiat Punto Sporting (R$ 47.900) com motor de 1.8 litro de 132 cv (etanol).
O compacto manteve a boa qualidade de construção da marca alemã e transmite ao motorista a robustez que consagrou o Gol ao longo de mais de três décadas. No entanto, pagar quase R$ 50 mil por um carro originalmente popular, definitivamente, não é a melhor decisão ao analisar um mercado que disponibiliza opções mais competitivas. No final das contas, mesmo com a roupa nova, o Gol Rallye continua sendo “apenas” um Gol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário